sábado, outubro 04, 2008

O cristal de neve

Os pensamentos esvoaçam como lenços leves de seda, tomados por uma aragem de anos e distâncias que pulsam como se fossem pequenos turbilhões de encontros e saudades rodopiando entre as mãos dos caprichos do ensinamento.

Os pés caminham sobre folhas amadurecidas pela vontade, que foram caindo das árvores que guardam os raios de sol que se debruçam sobre as mesas que lhe tomam a cor, ao sabor das pessoas e pensamentos que nelas se sentam enquanto as nuvens escondem os deuses furtivos que da terra se elevam para afastar a chuva do horizonte.

Da pequena cascata do jardim, pequenas gotas de tempo saltam, para na timidez do silêncio acorrerem às mãos num abraço que um beijo na testa da memória deixa cair no peito como um pequeno cristal de neve.

Começou a nevar...

1 comentário:

Júlio Polidoro disse...

Adicionei, com alegria, teu blog aos meus favoritos, meu irmão!