Pai... (16-5-1921 ... 11-12-2004)
A vida desenrola-se na aventura constante do desconhecido e os agrestes pinhais minhotos cedo dão lugar ao deslumbrar citadino dos prédios e avenidas da capital, no abrigo fraterno que a ocasião deu a conhecer.
Carros e motores traçam desígnios de labor, que o destino atraiçoou também, na perda de quem mais quis, mudando o compasso de um fado que se foi tocando baixinho entre copos de vinho e jogos de dominó.
No descanso resignado do tempo sem fim, uma voz inesperada rompe o silêncio que a vida contrariou mais uma vez, aumentando o fardo das obrigações, a que foi poupado no possível, pela recompensa das preocupações que se fizeram parcas.
O definhar fê-lo acontecer, no suporte dos malditos, qual expiação indesejada onde mão teve a morte que uma paz sofrida aceitou contrariada.
Fez-se assim, sepultura de um e de mais, que juntos lhes seria justo a partilha da sina.
Repouse então, lá no céu eternamente, na paz profunda que ora lhe deseja quem na falta o viu constante, numa casa que ora ficou vazia.
3 comentários:
Há datas que a memória esquece, algumas até despreza; outras relembra, muitas evoca.
Todas fazem parte da nossa história de vida; e todas se cruzam com quem partilha essa história... ou já partilhou.
Um abraço, sentido e apertado, pela data que aqui connosco partilhas.
Venho deixar um bj se for bom nesta altura.
Hoje deixo apenas cair um beijo..........
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