sexta-feira, maio 16, 2008

Pai... (16-5-1921 ... 11-12-2004)


A vida desenrola-se na aventura constante do desconhecido e os agrestes pinhais minhotos cedo dão lugar ao deslumbrar citadino dos prédios e avenidas da capital, no abrigo fraterno que a ocasião deu a conhecer.

Carros e motores traçam desígnios de labor, que o destino atraiçoou também, na perda de quem mais quis, mudando o compasso de um fado que se foi tocando baixinho entre copos de vinho e jogos de dominó.

No descanso resignado do tempo sem fim, uma voz inesperada rompe o silêncio que a vida contrariou mais uma vez, aumentando o fardo das obrigações, a que foi poupado no possível, pela recompensa das preocupações que se fizeram parcas.

O definhar fê-lo acontecer, no suporte dos malditos, qual expiação indesejada onde mão teve a morte que uma paz sofrida aceitou contrariada.

Fez-se assim, sepultura de um e de mais, que juntos lhes seria justo a partilha da sina.

Repouse então, lá no céu eternamente, na paz profunda que ora lhe deseja quem na falta o viu constante, numa casa que ora ficou vazia.

3 comentários:

Sha disse...

Há datas que a memória esquece, algumas até despreza; outras relembra, muitas evoca.
Todas fazem parte da nossa história de vida; e todas se cruzam com quem partilha essa história... ou já partilhou.

Um abraço, sentido e apertado, pela data que aqui connosco partilhas.

Cleopatra disse...

Venho deixar um bj se for bom nesta altura.

Ana Luar disse...

Hoje deixo apenas cair um beijo..........