quinta-feira, setembro 25, 2008

O crime não (des)compensa ...

Valentim Loureiro acusado de burla qualificada
O processo envolve Valentim Loureiro e o filho Jorge, dois vereadores da Câmara de Gondomar, dois administradores da STCP e mais cinco arguidos. Em três dias, quatro dos arguidos terão lucrado três milhões de euros.

«A Polícia Judiciária investigou o negócio da venda da Quinta do Ambrósio, comprada a uma viúva e vendida à STCP (Transportes Colectivos do Porto) com um lucro de três milhões de euros. Valentim Loureiro é acusado dos crimes de burla qualificada, prevaricação e participação económica em negócio. É ainda suspeito de instigar um crime de administração danosa.
De acordo com a acusação do Ministério Público, a quinta foi comprada por Valentim Loureiro e José Luís Olveira, respectivamente presidente e vice-presidente da Câmara de Gondomar, por um milhão de euros. A vendedora, Ludovina Cunha, julgava estar a vender o terreno à Câmara de Gondomar e, sempre de acordo com a acusação, Valentim convenceu a senhora, uma viúva de 80 anos e a filha, de que o terreno estava em reserva agrícola e pouco valia.
Laureano Gonçalves, advogado e ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, acabou como proprietário do terreno, através de uma off-shore.
A 15 de Março de 2001, Ludvina vendeu o terreno por um milhão de euros. Seis dias depois, o mesmo terreno, licenciado pela Câmara, foi vendido à STCP por quatro milhões de euros. O lucro terá sido distribuido entre Valentim, o filho Jorge, Laureano Gonçalves e José Luís Oliveira.
O terreno destinava-se à construção de uma estação de recolha de autocarros e está abandonado. O procurador responsável pela acusação é Carlos Teixeira, o mesmo que acusou Valentim no processo 'Apito Dourado'.»

Os romanos usavam as galeras, Marquês de Pombal usava a forca, na China usam uma bala na nuca, no Irão cortam-se as mãos ou a cabeça, nos Estados Unidos usam-se a cadeira eléctrica ou a injecção letal e Chaka Zulu usava um pau ...

Hoje em Portugal, por tudo isto, até se corre o risco de ser figura notável de um partido político, presidente da câmara, presidente de um clube da 1ª divisão, consúl honorário de um país africano, presidente da liga de futebol e sabe-se lá que mais.

Ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém, mas vá lá ... fazer justiça até pode ser mais útil que o sustento impune dos criminosos.

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