Grandes e pequenos portugueses
41% dos portugueses que participaram na escolha dos "Grandes Portugueses", através do programa da RTP1, elegeu Oliveira Salazar como um "grande português".
Após o dia, onde a sombra desafia a luz, cai a noite e o luar toma o lugar do Sol para iluminar o caminho.
41% dos portugueses que participaram na escolha dos "Grandes Portugueses", através do programa da RTP1, elegeu Oliveira Salazar como um "grande português".
at segunda-feira, março 19, 2007 4 comments Labels: Introspecção
- Como te sentes agora ?
- Um pouco melhor, mas ainda me custa respirar ?
- Tem cuidado contigo, molha a face com um pouco de água fresca.
- Já o fiz.
- Cheira algodão embebido com um pouco de alcoól e toma um pouco de café, chá preto ou chocolate. Espera, agora tenho a "Mãe" ao telefone, não se sente bem. Disse-lhe para repousar e tomar um pouco de vinho do Porto. Estou preocupado com ela. Vou vê-la.
at quinta-feira, março 15, 2007 7 comments Labels: Introspecção
Abrem-se lentamente os meus olhos ao ritmo do bocejar do amanhecer, que a pouco e pouco estende aos pés um caminho que o sol vai iluminando complacente, apontando na direcção do horizonte que espera silencioso em tons de mel e de azul turquesa.
As mãos juntam-se onde os olhares se encontram, oferecendo-se abertos ao passos compassados que nos transportam às memórias do passado que se fazem sentir no desconhecido, entre desfiladeiros e dunas, onde o dourado e o rubor das sombras se juntam em tons quentes de ágata, que nos aquecem a alma.
No caminho feito, as pegadas profanam ligeiras, o sereno das areias, que o ondular dos cabelos decora em arabescos traçados pelo olhar dos olhos.
Foram momentos, dias ou anos imensos, que o vento leva revolto em pequenos grãos de areia do deserto, onde reencontro a sombra que lá deixei a que me junto na reconciliação da memória.
Olho em redor, e é só, que me apercebo que estás lá também.
at quinta-feira, março 15, 2007 3 comments Labels: Introspecção
at terça-feira, março 13, 2007 5 comments Labels: Espontâneos
Escolhi uma Mulher ao acaso, entre tantas outras que como a ela, foi dedicado este dia.
Queria dar-lhe uma flor, uma rosa branca de Paz, mas ela não sabia o que eram rosas.
Procurei telefonar-lhe primeiro para casa, mas ninguém atendia, porque afinal ela não tinha uma casa para se abrigar, pois tinha sido incendiada durante os confrontos sangrentos na sua terra, que ninguém ousa parar. Vira gentes de fora como eu, mas nada acontecera.
Tentei escrever-lhe, mas ela não sabe ler, pois tal como os seus filhos, não foi à escola, ocupada desde tenra idade a trabalhar para o sustento da casa. Ouviu falar em trabalho infantil, mas sempre trabalhou, qual serva do mundo que lhe pesa nos ombros.
Quis saber quem a ajudava, mas estava sozinha, pois o marido morrera numa guerra que ela não compreende mas que conhece pela família que foi perdendo.
Quis falar-lhe, mas o isolamento concentrava-a no trabalho escravo que não lhe dava tempo para viver, que não fosse para recolher as migalhas com que retardava a fome dos filhos sobreviventes, num mundo que não era seu.
Quis dar-lhe a minha mão, mas tive vergonha, porque eu não era suficientemente digno dela.
Escolhi uma Mulher ao acaso, entre tantas outras que como a ela, foi dedicado este dia, mas ela não sabia.
E eu, guardei a rosa branca para a lançar ao vento, até ver que a rosa era Ela.
at quinta-feira, março 08, 2007 4 comments Labels: Crítica social
Ensinamentos de provérbios árabes ao som de uma das mais belas canções que ouvi até hoje "Hino ao Sol".
É impressionante o que sinto ao ver e ouvir este filme. É simplesmente indescritível. As lágrimas correm naturalmente como o vento por sobre as dunas do deserto.
Quem me dera lá estar e sentir aquele calor do deserto que nos abraça, num mar e horizonte de areia. Que saudade do que não conheço.
Pergunto-me interiormente "quem serei eu ?".
at terça-feira, março 06, 2007 10 comments Labels: Cultura árabe, Filme
Enche a alma, as velas mansas no vento,
Lá longe em viagem onde o mar tudo traga,
De lastro aqui pouco resta em pensamento,
Recordações que a memória mal apaga,
À sorte se deu pouco mais em sustento;
Que um choro baixo que esta dor afaga.
Morram e pereçam todos, quem mal te fez,
E assim se faça minha, a tua justiça, de vez.
at domingo, março 04, 2007 4 comments Labels: Poesia, Sentimentos de órfão